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Como escolher o instrutor ?
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A sigla BBF foi inventada e registrada pela Skydive University, sediada nos E.U.A, quando alguns instrutores de trabalho relativo resolveram criar um método padronizado de instrução, com uma metodologia de ensino e seqüências estruturadas de treinamento, preparação, salto e debriefing.

A este método deram o nome de BBF (Basic Body Flight), que acabou sendo difundido pelas áreas ao redor do mundo. É importante explicar a história da nomenclatura, pois, teoricamente, todos os métodos de ensino que não são da Skydive University, em tese, não poderiam ser chamados de BBF. Contudo, apesar de não possuírem o mesmo método, são similares no modelo de ensino.

O que é o BBF ?

O BBF é um programa de ensino do trabalho relativo, em que o aluno progride por vários níveis, com o objetivo do aperfeiçoamento das técnicas individuais de vôo. Durante o programa, o aluno aprende as técnicas que utilizará para o deslocamento em queda-livre, ou seja, quais são as partes do corpo que devem ser utilizadas (e como) para que possa se deslocar da maneira que quiser e para onde quiser - tudo isso dentro das regras que utilizamos no trabalho relativo.

Acreditamos que o BBF é um curso essencial para todos os pára-quedistas que buscam técnica e aperfeiçoamento. Não é necessário praticar o trabalho relativo para fazer esse curso, que servirá de base para toda a vida do pára-quedista, independente da modalidade praticada.

Curso avançado (depoimento BBF):

"Tive que reaprender o que achava que já sabia, mas valeu muito a pena."

Décio Marcellino, 42 anos, 350 saltos

"Sou de Joinville-SC. Já havia feito antes um AFF meia-boca e iniciado um BBF idem. Infelizmente quem salta em pequenas áreas longe dos grandes centros não tem um termo de comparação, então sempre acha que seu instrutor é o melhor e que fez o melhor curso. Fui fazer o curso de BBF do CTR após ler algumas matérias a respeito do assunto na Revista Airpress. Tinha 90 saltos. Buscava algo sério, no sentido mais amplo da palavra. Tinha a pretensão de após o BBF entrar para um Time de 4-Way. Encontrei no CTR tudo o que buscava. Tive que reaprender o que achava que já sabia, mas valeu muito a pena. Fui indicado para um time de 4-Way, o 4-Way Gang, que terminou 2002 como Campeão Brasileiro e Campeão da Copa CTR, ambos na Categoria Estreantes. Quando fui a primeira vez a Deland e ao Túnel em Orlando, pude ver com satisfação que aquilo que o CTR estava me ensinando eram as últimas técnicas de vôo ensinadas pelos campeões mundiais do Majik para times do Canadá, Inglaterra, Russia e EUA que estavam lá treinando. Não posso deixar de citar as muitas amizades que fiz no CTR onde hoje me sinto em casa."

Décio Marcellino

 

O programa de treinamento sempre deverá ter um método de ensino, o que significa objetivos a serem cumpridos, formas padronizadas de ensino teórico e prático - tudo isso aliado ao objetivo final de cada aluno que se propõe a fazer esse curso.

Como escolher o instrutor ?

O BBF pode ser encontrado em vários lugares, porém poucos são os instrutores que estão realmente capacitados, tanto tecnicamente quanto didaticamente, a formar um aluno da maneira correta, fornecendo boa instrução tanto em solo quanto em queda-livre e, principalmente, na conversa após o salto (debriefing).
Geralmente, instrutores que misturam técnicas de instrução do curso de AFF com técnicas de trabalho relativo, são bons instrutores de BBF - desde que possuam qualidade didática, bom método de ensino com regras e padrões e que estejam sempre atualizados em relação às novas técnicas, sempre criadas e aperfeiçoadas ao redor do mundo.

Alguns instrutores, por não estarem envolvidos em competições e atualizações, deixam de se preocupar com o próprio treinamento, ensinando aos seus alunos técnicas que não estão necessariamente erradas, mas que também não são as últimas utilizadas para determinada manobra ou modalidade. Dessa forma, acabam ensinando técnicas ultrapassadas.
Para escolher um bom instrutor, utilize sempre a razão e o bom senso. Não acredite em tudo que ouvir e em tudo o que um instrutor disser que fez ou faz. Seja sempre coerente e questione o trabalho dele, pergunte sobre pessoas que ele já formou e fale com elas. Converse sobre o método de ensino, sobre como foi o curso e analise também o resultado final em vôo. Informe-se se o aluno está realmente "voando" bem e se as técnicas ensinadas por aquele instrutor são atuais.
Tudo isso não é feito do dia para a noite. Mas acredite, vale a pena perguntar, questionar e se informar muito bem antes de iniciar o curso. O investimento é razoável e é necessário escolher bem o instrutor antes de começar. Tenha a certeza de que se o instrutor for competente e sério, não ficará irritado com seus questionamentos, tampouco com o fato de você buscar informações com pessoas que já fizeram o curso com ele. Se o método é bom e o instrutor competente, essas pessoas serão sempre uma propaganda positiva.

O que esperar do curso ?

Durante o curso BBF o instrutor deverá fornecer informações teóricas sobre a queda-livre e navegação. Contudo, um bom curso oferecerá também informações e teorias gerais sobre pára-quedismo, itens como atitude e postura no chão durante o treinamento, segurança, check de equipamento, procedimento dentro da aeronave, planejamento mental durante a subida, procedimentos de emergência e tudo que poderá contribuir para a formação de um pára-quedista seguro e consciente, com técnicas apuradas e objetivos claros dentro do esporte, tanto na queda-livre quanto na navegação e planejamento para o pouso.

O módulo de queda-livre dentro do programa BBF deverá ser o mais técnico possível, sendo que o aluno deverá aprender a se deslocar em todas as direções, utilizando técnicas e movimentos corretos e planejamento mental adequado. Não basta saber se movimentar, é necessário saber o motivo pelo qual se deve respeitar algumas regras básicas de trabalho relativo, como nunca chegar numa formação por cima, aproximar-se utilizando a zona vermelha, parar o movimento totalmente antes de efetuar o grip e muitas outras regras que fazem parte do cotidiano de um bom pára-quedista.

No final do curso o aluno estará apto a realizar um salto com dois ou mais pára-quedistas de maneira segura, possuindo técnica e conhecimento suficientes para realizar uma boa aproximação, grip, voar a formação e efetuar uma separação segura, estando atento desde o momento da saída até o momento do pouso.

Após o término do curso o aluno poderá seguir por vários caminhos e várias modalidades. Ele poderá continuar se dedicando ao treinamento e aperfeiçoamento das técnicas que aprendeu, simplesmente parar de treinar e começar a fazer saltos de diversão utilizando o conhecimento adquirido ou ainda escolher outra modalidade e seguir no aprendizado das técnicas peculiares a esta. O mais importante é a humildade. Esta é a maior alavanca do aprendizado: nunca devemos acreditar que sabemos tudo ou que o que sabemos já basta. O aprendizado é continuo e eterno. Portanto, após se formar, continue treinando e saltando com pessoas melhores do que você. Assim você estará sempre aprendendo e evoluindo.

É importante deixar claro que nossa opinião não é absoluta, de maneira alguma. Passe os conselhos sempre pelo crivo da razão e do bom senso, seguindo o caminho que julgar mais adequado.

Para quem quiser seguir no trabalho relativo, recomendamos que continue o treinamento fazendo saltos de 2-way com bons relativistas. Afinal, você já conhece a técnica e só precisa aperfeiçoá-la. Se aprendeu a técnica correta para fazer um giro no eixo numa determinada velocidade, treine e verá que pode fazer este giro cada vez mais rápido e de maneira mais precisa - aplique isso a todos os movimentos. Existe um item no pára-quedismo que nunca poderá ser substituído, a experiência. E só podemos adquiri-la saltando e nos mantendo seguros para que possamos ver o tempo passar e a experiência chegar. Esse procedimento formará, juntamente com o treinamento, um pára-quedista mais completo, que une técnica, planejamento mental adequado, segurança e, finalmente, a experiência.

O pára-quedista poderá continuar seu caminho pelo treinamento, tendo a oportunidade de unir-se a amigos que tenham os mesmos objetivos e montar um time de 4-way, iniciando uma trajetória de treinamento, até que o grupo possa participar de uma competição. Podemos garantir que depois da primeira competição, a vontade de se aperfeiçoar, a motivação e energia servirão de alavanca para que a equipe possa estar sempre buscando o caminho da perfeição.

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Conheça os times treinados pelo CTR em 2003, acesse a seção coaching do site do CTR.


O CTR trabalha de acordo com as normas
da Confederação Brasileira de para-quedismo.